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O espião Capítulo 2 – Parte VII

Simone respirou fundo. Sentia um pouco de remorso frente às notícias que via. Pessoas morrendo. A guerra. Odiava aquilo como odiava tudo o mais que aquilo significava.

A guerra estava se aproximando, e ela sabia disso. Os soldados da capital começaram a ser convocados. Ela mesma conhecia alguém – um soldado que sempre tomava café na padaria onde ela comprava pão – que tinha sido chamado. Quando comentou isso com César, esse apenas disse:

“Ele não é seu conhecido, é apenas alguém com quem você já trocou uma palavra ou outra.”

“Mas ele foi convocado!” ela insistiu.

“E por que isso te deixa inquieta?”

“Tenho medo da guerra.”

“Ela nunca irá nos afetar.”

“Como você sabe?”

“Nós estamos na capital. Nós somos a elite do país.”

“Não seja egoísta dessa forma.”

“Desculpe. Não é minha intenção ser egoísta. Mas... é verdade. E você sabe disso.”

“Pessoas estão morrendo. Aquele rapaz pode estar morto, agora.”

“Você não sabe...”

“Nem você.”

Aquele último comentário pôs um ponto final na discussão, com a famosa “mudança de assunto” de César. Mas Simone continuava preocupada. Algo lhe dizia que não haveria um bom fim aquela briga toda, aquela situação toda. E mesmo que talvez – era até provável que – ela não tivesse que se preocupar, que aquela não fosse a guerra deles e eles nunca se envolvessem com ela... ela temia que a verdade não fosse exatamente essa... ( 040820)12

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