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O espião Capítulo 4 – Parte VI

Naquele dia, Simone não tinha ido trabalhar. Seu chefe havia dito que não era preciso, que havia muitos trabalhadores para pouca demanda. Os funcionários do seu setor se alternariam para ter dias de folga e, ao mesmo tempo, manter todos os trabalhos sendo feitos.

Honestamente, porém, ela preferia não estar incluída nas listas das folgas. Por ela, o melhor era manter-se trabalhando. Ficar em casa era passar mais tempo pensando em César. E pensar em César era o que ela mais fazia naqueles dias. Há dias ele não mandava notícias, ela não recebia cartas. Isso não era algo comum, e isso a incomodava. Tentou ligar para sua sogra, mas ela havia sido ríspida como nos contatos anteriores. Para ela, Simone era culpada pela convocação de César. Não havia o que fazer para convencer a outra do contrário. E Simone nem tentaria mais.

Foi quando tocaram a campainha. Simone olhou em direção a porta, confusa: não se lembrava quando fora a última fez que alguém tentara visitá-la. Abriu a porta lentamente:

“Senhora Kozinsk?”

Seu nome de casada. Ninguém a chamava por esse nome – havia adotado-o há tão pouco tempo que nem ela se acostumava com a ideia de ter um novo sobrenome. Mas a pessoa do lado de fora o conhecia e procurava por ela.

“Sim.”

“Tenho essa carta para a senhora. Por favor, assine aqui.”

“Claro.”

O homem pegou a assinatura e olhou para ela, olhar mais baixo:

“Sinto muito, senhora.”

E foi embora. Simone nem precisou abrir o envelope para saber o que estava escrito em sua carta: César estava morto.

(23122013 - publicado em 06012014)

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